• Carregando...

Vinte e um presos da delegacia de Polícia Civil de Sarandi, no Noroeste do Paraná, vão cumprir suas penas em casa. A medida foi tomada pela juíza, Elaine Siroti, para tentar reduzir a superlotação na carceragem, já que a cadeia com capacidade para 46 detentos abrigava 165 nesta segunda-feira (8).

De acordo com a juíza, há dois meses ela pediu uma lista dos presos condenados no regime semi-aberto e que não deveriam estar na cadeia. Eles deveriam ser encaminhados para a Colônia Penal Agrícola em Piraquara, mas não há vagas. Dos 21 presos na lista, 11 já saíram no final de semana para prisão domiciliar e os outros devem deixar a cadeia em breve. Para receber o beneficio, os condenados deveriam ter cumprido um sexto da pena e ter bom comportamento.

Os presos ficarão em suas casas até que abram vagas na Colônia Penal e um novo mandado de prisão seja expedido. Enquanto isso, eles devem comprovar trabalho lícito dentro de 30 dias, não podem freqüentem bares, festas públicas, casas de jogos ou prostituição. Eles também devem se recolher às suas casas antes das 20 horas durante a semana, antes das 13 horas nos sábados e o dia todo em domingos e feriados, além de se apresentarem em juízo uma vez por mês. Qualquer descumprimento faz com que o preso perca o benefício e volte para a cadeia.

O delegado da Polícia Civil, José Mauricio de Lima Filho, comentou que a medida ajuda, mas não resolve o problema. A lotação só será resolvida quando for inaugurado o Centro de Detenção Provisória em Maringá. O centro está quase pronto e terá capacidade para 960 presos. Ainda não há data, porém, para inauguração.

A superlotação colabora para que os presos tentem fugir, pois as celas com capacidade para quatro pesos abrigam até 15 detentos. O delegado informou que desde agosto do ano passado, já foram 17 tentativas de fuga, mas nenhum detento conseguiu escapar.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]