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Saúde pública

Juíza ordena auditoria em Hospital Regional

Claudinéia e o filho, internado: revolta com a demora no atendimento | Felipe Lessa/Gazeta do Povo
Claudinéia e o filho, internado: revolta com a demora no atendimento (Foto: Felipe Lessa/Gazeta do Povo)

Paranaguá - A Justiça determinou prazo de 15 dias para que o Conselho Regional de Medicina faça auditoria no Hospital Regional de Paranaguá. Aspectos como estrutura física, demanda de pacientes e número de profissionais disponíveis passarão por investigação, conforme liminar assinada pela juíza Danielle Nogueira Mota, da 2ª Vara Cível de Paranaguá.

A decisão foi tomada após ação civil pública proposta pelo Ministério Público (MP) do Paraná, a partir da Promotoria de Proteção à Saúde Pública de Paranaguá. Outros pedidos serão apreciados pela juíza, depois de manifestação do estado. Uma semana é o prazo médio para os trâmites burocráticos. Entre as reivindicações, a contratação emergencial de obstetras, pneumologistas e neonatologistas, em um prazo de 30 dias. A partir do resultado da auditoria, a Secretaria da Saúde do Paraná terá 30 dias para fazer concurso público para contratação de funcionários. O processo deverá ser concluído no máximo 120 dias após decisão da juíza.

Pelo menos três bebês morreram no Hospital Regional, que é acusado de negligência pelas famílias. O MP também investiga a falta de médicos no pronto-socorro e também de equipamentos.

Em nota, a secretaria afirma que o Hospital Regional encontra-se em fase de estruturação constante, "o que inclui a contratação de novos funcionários e médicos, bem como a implantação de novos equipamentos". Conforme a nota, o HR está aberto para análise de qualquer órgão competente.

Revolta

Na terça-feira, diversos pacientes se revoltaram pela demora no atendimento no pronto-socorro. "Meu filho, de 14 anos, sofreu uma queda de árvore, quebrou o braço e cortou a cabeça", conta a dona de casa Claudinéia Gonçalves do Rocio, de 32 anos, moradora da Ilha do Amparo. "Demorou mais de três horas para ser atendido. O médico fala que já está vindo. As enfermeiras reclamam que falta tudo. Teve paciente que deveria estar sendo analisado por fratura que saiu até a rua, comeu cachorro-quente e voltou. E nós ficamos aqui, perdidos nesse fogo cruzado."

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