A prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, inaugurou esta semana um memorial em homenagem à juíza Patrícia Acioli, na praia de Icaraí. A juíza foi assassinada no dia 11 de agosto de 2011, quando chegava à sua casa, no final da noite, depois de um dia de trabalho no fórum de São Gonçalo, cidade vizinha onde atuava. Ela foi morta numa emboscada com 21 tiros, na porta de casa, em Piratinga, região oceânica de Niterói.
O memorial fica localizado na mesma árvore usada para homenagear a juíza, na época do assassinato, e ficou conhecida como “Árvore da Patrícia”. O local ganhou uma placa nova, vasos, plantas e flores. A mensagem da placa traz os seguintes dizeres: “Em memória de uma corajosa brasileira que, em dias de menosprezo à vida e impunidade, combateu com autonomia o crime organizado no estado do Rio de Janeiro.”
O prefeito de Niterói Rodrigo Neves participou da homenagem e destacou que a magistrada cumpriu sua missão, sua responsabilidade com a sociedade até o momento final de sua vida. “Tenho certeza de que a nossa querida Patrícia, além de deixar um legado aos seus filhos, cumpriu papel muito importante na luta pela justiça, por uma sociedade mais equilibrada e civilizada.”
O local escolhido para o memorial é simbólico já que Patrícia foi criada em Icaraí e passou muito tempo de sua infância na praia do bairro. Os três filhos da juíza – Mike Chagas, Ana Clara e Maria Eduarda –, o viúvo, Wilson Chagas, parentes e amigos participaram da cerimônia.
A desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio e representante do Instituto dos Magistrados do Brasil (IMB) Regina Lúcia Passos disse que Patrícia era uma pessoa formidável. Elas eram muito amigas, estudaram juntas. “Ela me substituiu no Tribunal do Júri de São Gonçalo. Era obcecada por justiça. Essa homenagem é muito significativa, simpática. O local tem um significado importante para a família, ela morava em Icaraí, frequentou a praia quando criança. A árvore tem um formato de cruz e desde o início, quando ocorreu o fato, nós aqui nos reunimos, as pessoas já vinham aqui, colocavam flores.”
As investigações do caso revelaram a participação de 11 policiais militares na morte da juíza Patricia Acioli, entre eles, o ex-comandante do Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo tenente-coronel Cláudio Luiz Silva e o tenente Daniel Santos Benitez Lopes, apontados como mentores do crime. Todos os acusados foram condenados pela Justiça.
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