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Juizado de Trânsito resolve 92% dos casos

As audiências do Juizado Móvel de Trânsito são feitas em uma van e só acidentes sem vítimas podem ser atendidos | Fábio Dias/Gazeta do Povo
As audiências do Juizado Móvel de Trânsito são feitas em uma van e só acidentes sem vítimas podem ser atendidos (Foto: Fábio Dias/Gazeta do Povo)

O Juizado Móvel de Trânsito de Maringá, no Norte do estado, completou nesta semana um mês de trabalho com um índice de acordo em quase 92% dos casos atendidos. Só quatro dos 47 atendimentos feitos pelo juizado não terminaram em acordo entre os motoristas.

O projeto, pioneiro no Paraná, atende casos de acidentes de trânsito sem vítimas que ocorrem no perímetro urbano de Maringá. O índice de casos resolvidos é considerado alto pela coordenadora do projeto, Liéje Aparecida de Souza Gouvêia Bonetti, juíza e supervisora do 3.º Juizado Especial Cível de Maringá.

O Juizado Móvel de Trânsito, que foi lançado em 10 de junho e começou a funcionar no dia 13, é uma solução alternativa para os conflitos de trânsito. "Brasília, Campo Grande, São Luís do Maranhão e outras capitais têm projetos similares. É uma iniciativa que deu certo", afirmou a juíza.

O projeto foi criado por iniciativa da própria juí­­za."Quan­­do comecei a im­­plantar o projeto fiz uma comparação com São Luís, no Maranhão, e notei que Maringá tinha a mesma quantidade de acidentes, em torno de 500 por mês. São Luís é uma capital. É de se espantar com os números da nossa cidade", disse Liéje. "Vi a situação ruim do nosso trânsito e percebi que eu poderia contribuir."

A principal vantagem do juizado é impedir que ações provenientes de colisões de trânsito se acumulem na Justiça. "Se um desses casos não for solucionado pelo juizado, a pessoa vai ter de procurar os núcleos de conciliação e passar por avaliação de um juiz, contribuindo para a demora na solução", comentou Liéje.

Funcionamento

Os atendimentos são feitos de segunda a sexta-feira, das 12 às 19 horas, em uma van equipada com GPS, notebook, máquina fotográfica e impressora, para imprimir os acordos que são realizados. "Sempre estamos acompanhados de uma equipe da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Federal [no caso da Avenida Colombo] para dar segurança. É preciso deixar claro que não atendemos acidentes com vítimas", esclareceu a juíza.

Quinze conciliadores atuam no projeto. São estudantes de direito da Universidade Esta­­dual de Maringá, do Centro Uni­versitário de Maringá e da Facul­dade Maringá. "Todos são voluntários designados pelo presidente do tribunal e treinados para isso. É um ótimo aprendizado", disse Liéje.

A medida foi aprovada pelo mestre de obras Ezequiel Teixeira de Arruda, que se en­­vol­­veu em um pequeno acidente no mês passado. "Logo depois da batida, nós fomos levados para o juizado, onde tudo ficou acertado de maneira rápida", afirmou. Para ele, se esse tipo de serviço já existisse há mais tempo, seu outro carro não estaria encostado até hoje. "Bateram no meu carro e disseram que iam pagar os estragos. Quando fui levar o orçamento, o rapaz disse pra eu provar na Justiça que ele tava errado. Daí ficou complicado tirar dinheiro para fazer isso", lamentou.

Serviço:

O Juizado Móvel de Trânsito de Maringá pode ser acionado pelos telefones 190 e (44) 3028-6848, de segunda a sexta-feira, das 12 às 19 horas.

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