Quatro de 14 testemunhas, sendo seis da acusação e oito da defesa, já prestaram depoimento no julgamento de três acusados pelo assassinato de um casal de extrativistas, que começou hoje em Marabá, no sudeste do Pará.

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As quatro testemunhas ouvidas até o momento pertencem à acusação. A professora Laísa Santos Sampaio, 47, irmã de uma das vítimas, aceitou falar na presença dos réus. No depoimento, ela fez um relato de como foi a sequência de ameaças enfrentadas pelo casal antes do crime. O agricultor José Rodrigues Moreira, seu irmão Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento são acusados pelo duplo homicídio qualificado dos extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva, 54, e Maria do Espírito Santo, 53. A defesa deles nega a participação no crime.

O casal foi morto a tiros em uma emboscada, quando estavam em uma moto no assentamento onde viviam, em Nova Ipixuna, no interior do Estado, em maio de 2011. A defesa pedirá 60 anos de prisão para cada réu.

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Ao menos 500 pessoas acompanham o julgamento, incluindo ativistas de direitos humanos, ambientalistas e representantes da Igreja Católica. Manifestantes com cruzes de madeira nas mãos lembraram os casos de impunidade nos conflitos de terra na Amazônia.

O juiz Murilo Simão, que preside o júri popular, proibiu imagens e gravação de áudio pela imprensa. Quatro mulheres e três homens integram júri.