O julgamento do segurança João Alexandre Rodrigues, de 32 anos, acusado de matar e esquartejar com a ajuda da mulher, Eliana Aparecida Antunes Rodrigues, de 36 anos, os dois filhos dele, foi adiado para as 9h do dia 15 de dezembro. Segundo o Tribunal de Justiça, o motivo do adiamento foi a ausência do advogado Reynaldo Fransozo Cardoso, que representa Rodrigues. O defensor alegou que sua mulher está doente.
O júri deveria ocorrer na manhã desta terça-feira (23), no fórum de Ribeirão Pires, no ABC. O Ministério Público denunciou o casal por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual. Os dois estão detidos em penitenciárias em Tremembé, no interior de São Paulo.
De acordo com a promotoria, antes da morte das crianças o casal já havia sido julgado e condenado por torturar as crianças. Eles, porém, estão recorrendo da sentença.
Antes de o juiz José Wellington Bezerra da Costa Neto adiar o julgamento, a defesa da madrasta das crianças queria que o processo fosse desmembrado e que os réus fossem julgados em separado. O magistrado, porém, indeferiu o pedido.
A mãe das crianças, Claudia Lopes dos Santos, esteve no fórum para acompanhar o julgamento. Muito emocionada, ela disse apenas que acredita na Justiça.
Morte
O crime ocorreu no dia 5 de setembro de 2008, em Ribeirão Pires. Os pedaços dos corpos dos meninos foram espalhados nas proximidades da casa em que moravam.
Funcionários de uma empresa de coleta de lixo encontraram parte de um corpo dentro de um dos sacos que estavam no caminhão, por volta de 0h15 do dia seguinte ao do crime.
Com os trabalhos de busca na caçamba do caminhão, outras partes parcialmente carbonizadas, misturadas a outros objetos, foram encontradas. Por volta da 2h do dia 6, a Polícia Civil e a Guarda Civil foram até a casa das possíveis vítimas, mas ninguém atendeu.
Ao perceberem uma das portas abertas e o vulto de uma mulher, os policiais entraram na casa. Questionada pela polícia sobre onde estavam os meninos, a madrasta disse que eles não haviam voltado do colégio. Nos cômodos da casa, os policiais encontraram manchas de sangue e de queimado, além de um forte cheiro de água sanitária.
Segundo a polícia, Eliana disse na delegacia que seu marido havia asfixiado os filhos com sacos plásticos e ateado fogo nos corpos. Ela contou aos policiais que auxiliou o marido a cortar os corpos com uma foice. Ela teria dito também ter colocado as partes em sacos de lixo, que foram distribuídos pelas ruas do bairro.
João Alexandre foi preso no local onde trabalhava. A polícia fez o pedido de prisão preventiva para os dois. Em seguida, foi solicitada perícia para a casa onde viviam.
De acordo com informações do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) divulgadas na época do crime, o histórico do pai e da madrasta dos meninos era de rejeição e abandono. Foram registrados dois boletins de ocorrência, um em 2005, de abandono, e outro em 2007, de desaparecimento e localização das vítimas.
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