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O julgamento dos policiais Airton Adonski e Reinaldo Siduovski, dois dos acusados pelo assassinato do estudante Rafael Zanella, em maio de 1997, entra em seu segundo dia neste sábado. O julgamento transcorre durante o dia, quando haverá debates entre as partes. Até o fim do dia deve-se chegar a um veredicto, segundo a previsão dos advogados.

Há 8 anos os policiais foram presos acusados de homicídio e alteração na cena do crime. Na época os policiais alegaram que o estudante teria reagido a prisão, já que portava uma arma e certa quantidade de drogas, e, por isso, acabou sendo morto. Porém, com o fim das investigações, ficou provado que a cena foi montada e o disparo que vitimou Zanella foi dado por um informante da Polícia que estava na viatura.

Nesta sexta-feira pela manhã os dois acusados foram interrogados pelos advogados de defesa e pelo promotor do Ministério Público. Ainda na parte da manhã a acusação apresentou as provas que pretendem incriminar os dois réus pela participação no homicídio. Durante a tarde a defesa expôs suas provas e considerações que tentaram mostrar que os policiais não tiveram participação no assassinato. "Eles estavam a mais de 150 metros do local e numa esquina. Não tinham a mínima chance de participação direta neste crime", disse o advogado de defesa Caio Fortes de Mateus.

O argumento da defesa foi que houve um acidente, já que os policiais estavam atrás de um traficante. "Os policiai faziam uma ronda para combater o tráfico de drogas na região. Junto com o Rafael Zanella, dentro do carro, estava um conhecido e temido traficante da região conhecido como Camarão, que foi flagrado vendendo drogas para duas meninas pouco antes da abordagem", afirmou Mateus.

Os dois policiais já tinham sido julgados no mesmo ano do crime, mas a sentença foi anulada no ano seguinte, pelo Tribunal de Justiça. Almiro Beni Schimit, apontado como o autor dos disparos que mataram o estudante, já foi condenado a 21 anos de prisão.

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