Por causa do elevado número de testemunhas para serem ouvidas, o julgamento do casal Nardoni, marcado para ocorrer a partir das 13h da segunda-feira do dia 22 de março, deve durar até cinco dias. A previsão foi feita pelo juiz Maurício Fossen, que irá conduzir o júri, segundo informou nesta quinta-feira (11) a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo.

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O júri popular será composto por sete pessoas escolhidas da sociedade e acontecerá no Fórum de Santana, na Zona Norte da capital. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são acusados de matar Isabella, de 5 anos, no dia 29 de março de 2008. A madrasta da menina a teria agredido e o pai, a jogado da janela do sexto andar do apartamento do casal, em Santana, na Zona Norte da capital. Os acusados negam o crime.

Segundo o TJ, o juiz informou que saltou de 21 para 24 o número de testemunhas que poderão ser chamadas para depor no julgamento do casal Nardoni. Antes, quando o número de testemunhas era menor, o juiz acreditava que o júri poderia durar até três dias.

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Das três novas testemunhas, duas foram arroladas pela advogada da acusação, Cristina Christo. Ela sugeriu o nome da avó materna de Isabella, Rosa Maria Cunha de Oliveira, e de um homem, que não teve o nome divulgado. O Tribunal também não soube informar quem será a 24ª testemunha e quem a chamou.

Das outras 21 testemunhas, 17 foram indicadas somente pelo advogado de defesa, Roberto Podval, três arroladas tanto pelo defensor quanto pelo promotor Francisco Cembranelli, que acusa o casal de homicídio, e uma apenas de acusação. Essa última é a bancária Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella.

Ainda, de acordo com a assessoria do TJ, o julgamento deverá durar até as 21h do dia 22. No dia 23, uma terça-feira, a audiência está programada para recomeçar a partir das 9h. Haverá intervalos para as partes envolvidas se alimentarem. A previsão é que a sentença seja divulgada até o dia 26, uma sexta-feira. Ainda, de acordo com o TJ, haverá reforço policial no dia do julgamento no Fórum de Santana. O órgão e a Polícia Militar não entram em detalhes sobre como será feito o trabalho por questões de segurança e planejamento estratégico. Também haverá um esquema especial de trânsito, provavelmente com o auxílio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A imprensa poderá acompanhar o julgamento. O local onde será realizado um dos mais esperados júris dos últimos anos deve ser o plenário número 3 do Fórum de Santana. Foi lá que o ex-cirurgião Farah Jorge Farah acabou condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada e paciente. Coincidentemente, seu advogado é o mesmo que defende o casal Nardoni: Roberto Podval.

Caso

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Segundo o Ministério Público, a morte de Isabella teria ocorrido após uma discussão. Alexandre e Anna Carolina negam que tenham matado a menina. Eles chegaram a afirmar que um desconhecido entrou no quarto da menina e a matou. Essa pessoa nunca foi encontrada pela polícia. Recentemente, os defensores do casal cogitaram a possibilidade de ter ocorrido até mesmo um acidente doméstico com a garota: Isabella poderia ter caído sozinha da janela.