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Madrugada adentro

Julgamento pela morte de sem-terra só deve acabar na manhã de quarta-feira

A sentença para o julgamento de José Luis Carneiro, acusado de matar o sem-terra Sebastião da Maia em 2000, deverá ser conhecida apenas na manhã desta quarta-feira. A juíza Elizabeth Khater mandou distribuir senhas para evitar uma superlotação no tribunal do júri e cerca de 100 pessoas acompanharam o início dos trabalhos.

Entre as pessoas que foram ao julgamento, familiares do réu e da vítima marcaram presença, além de dirigentes de movimentos sociais e da União Democrática Ruralista (UDR). Não foram registrados tumultos nem aglomerações.

O caso é bastante polêmico e o julgamento já havia sido adiado por três vezes, devido à desistência dos advogados de defesa do réu.

O crime

O crime aconteceu numa emboscada próxima à Fazenda Água da Prata no dia 21 de novembro de 2001 em Querência do Norte, região Noroeste. Os trabalhadores sem-terra transitavam por uma estrada rural quando foram atacados por "pistoleiros" que agiam na região e durante a emboscada, o lavrador Sebastião da Maia foi morto com vários tiros.

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