Um júri popular absolveu a advogada Carla Cepollina no início da noite desta quarta-feira (7) em São Paulo. Os jurados entenderam que a ausência de provas não poderia culpá-la pela morte do coronel Ubiratan em 2006. O julgamento ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade, e durou três dias.

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O Conselho de Sentença absolveu a acusada de por homicídio triplamente qualificado (por crueldade, motivo fútil e sem chance de defesa).

A defesa de Cepollina teve uma hora e 30 minutos durante a tarde de hoje para fazer suas considerações finais. Eugênio Malavasi, que auxilia Prinzivalli como advogado de Carla, falou alto e gritou para tentar "acordar" o júri. Ele disse que não seria possível condenar alguém com poucas provas infundadas. Em caso de dúvida, segundo ele, todo réu deve ser absolvido.

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O advogado ainda disse que, apesar de dois moradores de apartamentos vizinhos dizerem ter ouvido disparos, outros quatro afirmaram não ter escutado nada - inclusive um homem que mora no apartamento acima ao do coronel Ubiratan, local onde foi assassinado.

A defesa insistiu também que o 1º Tribunal do Júri tentou arquivar a ação por falta de indícios de autoria e que alguns fatos foram ignorados durante o inquérito policial. Segundo os advogados de Cepollina, os primeiros a encontrarem o corpo foram coronéis amigos de Ubiratan, que poderiam ter alterado a cena do crime

Carla Cepollina, 46, responde em liberdade e nunca foi presa. Se condenada, pode ficar 30 anos na prisão.

De família rica, estudou no colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo. Boa aluna, cursou administração na FGV (Fundação Getulio Vargas) e direito na USP.

Segundo a mãe, Liliana Prinzivalli, a filha e o coronel se conheceram por meio de um parente de Carla, da Polícia Militar. Namoraram por dois anos e meio.Desde que foi acusada, Carla passou a trabalhar fazendo traduções e administrando os bens da família.

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Liliana diz que a filha deixou de ter vida social. "Uma acusação dessa pesa muito."