O quarto dia de júri da segunda etapa do Massacre do Carandiru foi marcado por um embate não só das ações dos policiais no episódio, mas também sobre a imagem da Rota, que tem fama de violenta.
Foram homens tropa de elite da PM que entraram no segundo andar do Pavilhão 9, em outubro de 1992, onde houve 73 das 111 mortes.
Por mais de cinco horas, foi interrogado o tenente-coronel Salvador Modesto Madia, que integrava a Rota na época e que a comandou de novembro de 2011 e setembro de 2012.
"O senhor já ouviu esta expressão: Deus cria e a Rota mata?", questionou a defensora Ieda Ribeiro de Souza.
"Antes de matar, a Rota ajuda, a Rota prende", respondeu ele. "A Rota faz partos?", questionou, então, a advogada. "A Rota faz".
O militar também tentou desmistificar a imagem de que a tropa só mata "pretos e pobres". "Olhe quantos pretos existem na corporação", disse, apontando para a plateia, onde sentavam os outros réus.
O tenente-coronel afirmou ainda que, ao entrar no Pavilhão 9 naquela noite, viu combates entre presos e policiais nos corredores e passou por barreiras de corpos.
"Foi a maior adrenalina pela qual passei na vida", afirmou ao juiz. "O senhor pensa que naquela noite voltei para casa feliz e tomei um copo de sangue?" Hoje começa a fase de debates e, segundo previsão, a sentença será anunciada até a madrugada de sexta-feira para sábado.
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