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O julgamento do pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, acusado de assassinar a ex-mulher em novembro de 2008 e de tentar matar o filho, foi adiado para o dia 11 de setembro, às 10 horas. O júri estava previsto para acontecer nessa quarta-feira, 8, às 13h, no Fórum Central de Guarulhos, mas foi postergado por causa da inclusão de novas provas por parte da defesa no processo.

O promotor Rodrigo Merli Antunes pediu a anulação das provas, mas, como a defesa alegou que elas eram "cabais" para o caso, o magistrado Paulo Eduardo de Almeida Chaves Marsiglia optou pelo adiamento. A medida é um meio de evitar que advogado do réu peça a anulação da sentença por "cerceamento à defesa", informou a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).

As provas foram incorporadas por Ademar Gomes aos autos na quinta-feira, 2, mas a promotoria alegou que só tomou conhecimento do novo conteúdo nessa segunda-feira, 6 - Merli, que acusou Gomes de "má-fé", argumentou que o material tinha sido apresentado fora do prazo legal de três dias úteis, considerando a data em que a parte contrária toma conhecimento do mesmo. Segundo o promotor, entre os elementos adicionados ao processo estão "pareceres psicológicos" da vítima, para demonstrar que ela tinha um perfil suicida, além de 15 DVDs e dois celulares com mensagens armazenadas, cujo conteúdo não foi informado.

Quando o julgamento foi cancelado, o filho do pagodeiro, Lucas, que à época do crime tinha apenas 6 anos, já estava no fórum, e seria o primeiro a depor. Sua versão é uma das mais esperados do caso.

Entenda

Evandro Gomes Correia Filho é acusado de matar a ex-mulher, a operadora de caixa Andréia Cristina Nóbrega Bezerra, e de tentar matar o filho dos dois. No dia 18 de novembro de 2008, mãe e filho caíram do 3º andar do prédio onde moravam em Guarulhos, na Grande São Paulo. O garoto parou sobre uma marquise, quebrou o maxilar e sobreviveu; Andréia caiu na calçada em frente ao edifício e morreu.

A polícia afirma que Andréia jogou o filho pela janela e se atirou em seguida para tentar preservar a integridade física dos dois, após serem ameaçados por Evandro.

Aproveitando-se da lei eleitoral, que impede a prisão de procurados cinco dias antes da eleição e até 48 horas depois, o pagodeiro concedeu entrevista no escritório de seu advogado em outubro de 2010 e causou revolta no Judiciário e no Ministério Público. De peruca, barba e bigode postiços, o músico negou ter matado a ex-mulher. Desde então, ele permanece foragido. O promotor Rodrigo Merli Antunes é o mesmo do julgamento de Mércia Nakashima, que ocorreu em março.

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