A Justiça Federal recebeu denúncia contra 18 acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de integrarem uma organização criminosa que importava, fabricava e comercializava irregularmente, pela internet, anabolizantes e outros medicamentos de uso controlado no Brasil.

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A denúncia se baseou em investigação da Polícia Federal durante a Operação Ciclo Final que, mediante autorização judicial, quebrou sigilo bancário e realizou interceptações telefônicas dos alvos da investigação, além da apreensão de remessas de anabolizantes pelos Correios.

“O conjunto probatório até o momento carreado nos autos indica que os ora denunciados, supostamente, constituíram uma associação estruturada com nítida especialização setorial e divisão de tarefas, mesmo que informalmente para a prática de delitos relacionados à importação, fabricação, depósito, venda, distribuição e comercio ilegal”, diz a decisão da 5ª Vara Federal em Guarulhos (SP), segundo informação divulgada nesta terça-feira, 9, pela Seção de Produção de Texto e Atendimento à Imprensa da Justiça Federal.

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Segundo o Ministério Público Federal em Guarulhos, 18 integrantes da organização criminosa, desde 2012 produziam, importavam e comercializavam anabolizantes proibidos no País. A atuação dos investigados se concentrava em São Paulo, no Rio e no Paraná, mas a venda era feita para todo o território nacional. Doze denunciados estão presos desde abril, quando foi deflagrada a Operação Ciclo Final.

Foram denunciados empresários do ramo de suplementos alimentares e fisiculturistas que comandavam uma ampla rede de revendedores, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (9) pela assessoria de comunicação da Procuradoria da República em São Paulo. O processo tramita na 5ª Vara Federal de Guarulhos.

Ao receber a denúncia e decretar a prisão preventiva de 12 denunciados, a Justiça Federal considerou ‘a prática da organização, a rede de revendedores já formada, bem como a dos fornecedores internacionais que ainda estão em fase de identificação’. Para a Justiça, caso os réus permanecessem em liberdade, ‘haveria concreta possibilidade e probabilidade da reiteração da atividade delituosa’.

“Não há outra medida cautelar eficaz, além da prisão cautelar, que possa ser utilizada com a finalidade de constranger os denunciados a deixar de praticar as condutas delituosas”, decidiu a Justiça.

Segundo a denúncia, o esquema era dividido em três subnúcleos principais. Um deles dedicava-se à produção de anabolizantes da marca conhecida no mercado como ‘GC’. Com uso de laboratórios clandestinos, sais ilegalmente importados da China, via Paraguai, eram refinados para a obtenção dos produtos.

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