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Prorrogação

Delegado pede mais 30 dias para terminar inquérito sobre morte de Tayná

O delegado Guilherme Rangel pediu mais um mês para concluir o inquérito das investigações do caso Tayná. O prazo para terminar a apuração do crime venceria hoje, mas agora os trabalhos da polícia devem avançar pelo menos até 15 de setembro. Rangel assumiu as investigações no dia 10 de julho, após a Sesp promover mudanças na condução das investigações. Na ocasião, os delegados Agenor Salgado Filho e Silvan Rodney Pereira foram afastados do caso. Um primeiro inquérito tinha sido entregue ao MP pelo delegado titular interino, Fábio Amaro, da Delegacia Alto Maracanã, no dia 5 de julho. O MP, no entanto, analisou o documento e no dia 14 pediu a soltura dos quatro suspeitos presos inicialmente, que teriam sido torturados. Desde então, um novo inquérito passou a ser conduzido por Rangel. Nesse período, o delegado chamou dezenas de pessoas para depor e confrontou, por meio de exames de DNA, o sêmen encontrado no corpo de Tayná com diversos suspeitos. Até o momento, ainda não foi possível apontar a autoria do crime ocorrido no dia 25 de junho.

A Justiça de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), aceitou a denúncia (acusação formal) contra 16 dos 21 acusados pela tortura de quatro suspeitos durante a investigação do assassinato de Tayná Adriane Silva, de 14 anos. Com isso, um processo penal será aberto contra 14 policiais civis da Delegacia do Alto Maracanã, incluindo o delegado titular Silvan Pereira, um policial militar e um ex-PM. A decisão foi tomada por um colegiado de três juízes no último dia 7. Dos 16 denunciados, 13 permanecem presos e aguardam decisão da Justiça.

A denúncia contra outros cinco acusados não foi aceita inicialmente porque a Vara Criminal de Colombo chegou a conclusão de que não compete a ela julgá-los. A juíza Aline Passos solicitou o desmembramento do processo porque a acusação de tortura que recai sobre eles teria ocorrido em Araucária e Campo Largo, também na RMC, portanto fora do âmbito de competência da Justiça de Colombo.

A decisão, no entanto, ainda não é definitiva, pois os juízes de Campo Largo e Araucária podem questionar a competência da ação. Neste caso, o Tribunal de Justiça do Paraná decidirá de quem é a responsabilidade de julgar as acusações contra os outros cinco policiais.

Investigação

Tayná foi assassinada no dia 25 de junho, em Colombo e, rapidamente, a Delegacia Alto Maracanã deu o caso como esclarecido com a prisão de quatro suspeitos que teriam confessado o estupro e morte da adolescente. A confissão, entretanto, teria sido obtida mediante tortura dos acusados, o que motivou a abertura de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, para apurar a conduta dos policiais no caso. A suspeita veio à tona após a perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, afirmar que Tayná não foi violentada, o que contrariava a confissão dos quatro suspeitos obtida pela polícia.

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