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A Justiça aceitou nesta quarta-feira (23) a denúncia contra o funcionário público Ricardo Neis, que atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre em fevereiro. Ele vai responder por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas (motivo fútil, mediante meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas).

A juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels, da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, ainda determinou a suspensão da carteira de motorista do funcionário público enquanto tramitar o processo.

Para a juíza, para recebimento da denúncia, há indícios suficientes de autoria do crime que foram obtidos com os depoimentos prestados pelas vítimas e pelo motorista. A magistrada esclareceu que suspendeu a habilitação de Neis porque há evidências de que ele violou as normas de segurança no trânsito e colocou em risco a ordem pública.

Neis atropelou os ciclistas em 25 de fevereiro. Desde 11 de março, ele está preso no Presídio Central de Porto Alegre por decisão da juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels, da 1ª Vara de Porto Alegre. Ela determinou a prisão de Neis após receber o laudo realizado pelo Instituto Psiquiátrico Forense que mostra que o motorista "não teve doença diagnosticada".

Em depoimento à polícia, o motorista disse que no dia do atropelamento estava acompanhado do filho de 15 anos e que foi cercado pelos ciclistas. O advogado Luís Fernando Coimbra Albino, que defende Ricardo Neis, afirma que seu cliente agiu em legítima defesa para garantir sua integridade física e de seu filho. Ainda segundo o advogado, ele pensou que seria linchado e saiu para se salvar.

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