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A Justiça de Piraí do Sul determinou ontem o afastamento da nova diretoria do Lar das Meninas Oricena Vargas, administrado pelo Exercito da Salvação, por coagir testemunhas que estão depondo no Ministério Publico da cidade no inquérito que apura irregularidades no internamento das meninas, maus-tratos e desvio de verba. O lar responde ainda um processo criminal por crime de tortura. Também ontem, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu habeas corpus a Alegria Ortega e Aurora Cortês, ex-administradora e ex-funcionária da instituição. As duas haviam sido presas há duas semanas sob suspeita de torturar uma interna.

Fátima Goretti Nóbrega e Mylka Luzia dos Santos – que substituíram Alegria – foram intimadas ontem pela Justiça e devem deixar a Oricena Vargas até amanhã. A reportagem tentou contato com representantes do Exército da Salvação, com sede em São Paulo, mas não encontrou o advogado que vem cuidando do caso, Marcos Biafioli, para comentar o assunto. De acordo com a promotora que pediu o afastamento, Maria Luiza Correia de Mello, Fátima e Mylka vinham atrapalhando a investigação.

Segundo ela, o pedido foi feito na terça-feira depois que uma mãe foi coagida pela direção do Oricena Vargas a depor a favor de Alegria. A mãe contou à promotora que as diretoras ameaçaram retirar suas filhas, de 3 e 8 anos, caso ela não fizesse o depoimento.

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