A Justiça Militar de Maringá, no Noroeste do Paraná, arquivou o caso sobre o menino Eric Stagger Pereira, de dez anos, que foi baleado por engano durante uma operação policial em Mandaguaçu, em fevereiro do ano passado. O juiz José Carlos Dalacqua apontou que os policiais agiram no estrito cumprimento do dever legal.
A criança conseguiu sobreviver, mas segundo a mãe, Aleide Aparecida Gonçalves, ainda tem balas pelo corpo, sente dores na perna esquerda e ainda não recuperou totalmente os movimentos da mão esquerda. A família, de Sarandi (a dois quilômetros de Maringá) está revoltada, decepcionada e preocupada. A família gasta, em média, R$ 400 em exames, medicamentos e transporte por mês e tem que contar com a ajuda de amigos, pois a renda mensal não passa de R$ 350,00.
Segundo reportagem da Gazeta do Povo desta quinta-feira, o caso também caminha para arquivamento na Justiça Comum. No último dia 18, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, em Curitiba, julgou o pedido de habeas-corpus apresentado pela defesa dos nove policiais apontados como réus, com a intenção de trancamento da ação. Conforme o jornal, a assessoria do juiz Antônio Loiola Vieira informou que o acórdão com a sentença deve ser publicado até o final da semana e não passou detalhes sobre os motivos do trancamento da ação por unanimidade.