O goleiro Bruno Fernandes recebeu, nesta segunda-feira (21), autorização da Justiça para treinar futebol com bola, meiões e caneleiras dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os treinos serão feitos durante o banho de sol, que é se segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 9h30 e de 10h às 12h. O ex-jogador está preso e é réu no processo que investiga a morte de Eliza Samudio, ex-namorada, e com quem, segundo a própria Eliza, teria um filho. Outras três pessoas também são rés no processo, entre elas o amigo do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; e o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales. A autorização foi concedida pela juíza Marixa Fabiane Lopes, do Tribunal do Júri de Contagem, nesta segunda-feira (21), e foi acatada pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi).

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De acordo com a Secretaria de Defesa Social (Seds), Bruno vai receber uma bola, meiões e caneleiras. O material deve ser entregue a ele por um familiar ou amigo. Os treinos vão ser realizados junto com outros detentos da unidade prisional.

Entenda o caso

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Eliza Samudio foi morta, segundo a Polícia Civil, no dia 10 de junho, depois de ser vista com o filho de, então cinco meses, no sítio de Bruno, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A jovem tentava provar na Justiça a paternidade de seu filho. Em 2009, Eliza teve um relacionamento com Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O corpo de Eliza não foi encontrado.

A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno Fernandes e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza e, a pedido do MP, decretou a prisão preventiva de todos os acusados.

Dayanne, a ex-mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva, e Wemerson Marques, o Coxinha, estão soltos e respondem ao processo de homicídio de Eliza em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio continuam presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.