Justiça autoriza rodeio de touros; ONGs protestam

Uma liminar que proibia a realização das provas de montaria de touros no Brahma Super Bull PBR foi suspensa na tarde de quarta-feira (2) pelo desembargador do Tribunal de Justiça do do Paraná (TJ-PR), Albino Jacomel Guérios. O evento, que começou na noite desta quinta-feira (3) e vai até domingo (6) - no Expotrade - contará com a participação de 40 peões brasileiros.

A liminar havia sido concedida pela juíza Diocélia da Graça Mesquita, através de uma ação civil pública em nome da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (SPAC), que alega maus tratos aos animais. Segundo Danielle Tetü Rodrigues, advogada da SPAC, foi enviado um pedido ao desembargador para tentar reverter a situação. "Enviamos um pedido de reconsideração que só será apreciado na sexta (4) por conta do horário de atendimento. É difícil, porque o evento já começou, mas estamos fazendo o possível", diz.

Protesto

A Sociedade Protetora organizou, pela internet, um protesto contra o uso dos animais no evento, que reuniu aproximadamente 50 pessoas em frente ao Expotrade. "Nossa ideia é manter nossa posição, contra a montaria, que comprovadamente causa sofrimento ao animal. A liminar foi derrubada, mas o evento fere a nossa constituição, que protege por leis os animais", afirma Soraya Simon, presidente da SPAC.

Os organizadores do evento, por outro lado, afirmam que querem, tanto quanto a SPAC, fiscalizar os abusos contra os animais. "Queremos que todos os rodeios sejam realizados dentro da legalidade e dos melhores trâmites de segurança e de conduta para os animais", informou a organização por meio de sua assessoria de imprensa.