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Violência

Justiça condena ex-PM a 49 anos de prisão por morte de jornalista em SP

A Justiça de São Paulo condenou na noite de terça-feira (10) o ex-cabo do Gate Rodrigo Domingues Medina a 49 anos e oito meses de prisão pelo sequestro que resultou na morte da jornalista Luciana Barreto Montanhana. O crime aconteceu em novembro de 2010. Cabe recurso à decisão.

Durante o julgamento, que aconteceu no 2º Tribunal do Júri do Foro Regional de Santana, o ex-PM confessou a prática do homicídio, mas negou que tivesse tido a intenção de matar a vítima - ela teria morrido por acidente. Ele também negou o sequestro, dizendo que não pretendia extorquir os familiares, mas apenas atrapalhar as investigações.

Na sentença, o juiz Paulo de Abreu Lorenzino afirmou que "o crime praticado pelo réu é ainda de maior crueldade e gravidade, posto que a vítima não teve somente sua liberdade suprimida, mas também a vida."

O corpo da jornalista foi encontrado no km 44 da rodovia Anchieta, 16 dias após seu desaparecimento. Segundo a acusação, ela foi sequestrada pelo ex-PM quando saía de uma academia de ginástica no shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo.

Medina foi preso quando usava um orelhão na Vila Maria (zona norte), segundo a polícia, para ligar para a família da jornalista pedindo um resgate para libertá-la. Ao ser abordado, ele tentou resistir à prisão e atirou contra um policial civil. Medina acabou baleado na ocasião.

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