Justiça condena réu a 106 anos de prisão por estupro e assassinato

Um dos homens acusados de matar duas mulheres e uma adolescente, há cinco anos, no bairro de Maranguape, em Paulista, foi julgado e condenado a 106 de prisão na sexta-feira (7). O réu, de 32 anos, está no Presídio de Igarassu, mas vai ser transferido para a Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, onde deverá cumprir a pena. Ainda cabe recurso.

O julgamento aconteceu no Fórum de Paulista, onde parentes e amigos das vítimas acompanharam o processo com faixas e cartazes cobrando justiça.

O homem é apontado como o homem que dirigia a Kombi usada para seqüestrar, no dia 29 de junho de 2003, Verônica do Carmo, 40 anos; a filha dela, Priscila Fernanda do Carmo, 12 anos; e a sobrinha Andréa Santana, 28 anos.

Elas voltavam para casa no bairro de Maranguape por volta da meia-noite quando foram seqüestradas, violentadas e depois assassinadas. O crime teria sido motivado por vingança porque o marido de Andréa teria destruído um ponto de tráfico de drogas.

Sentenças

Após onze horas de julgamento, o réu foi condenado por cinco crimes: triplo homicídio, triplo seqüestro, triplo estupro, atentado violento ao pudor e formação de quadrilha. A pena total foi de 106 anos e quatro meses de prisão.

Outros dois suspeitos de ter participado do crime também já foram julgados e condenados a 60 e 80 anos de prisão. Eles cumprem pena no Presídio Aníbal Bruno, no Recife.

Defesa

O defensor público Antônio Fonseca de Mello garante que o réu é inocente e que vai recorrer da sentença. "Eu tenho um prazo de dez dias para recorrer e vou recorrer, até porque testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público livram [o réu], dizendo que ele não estava na Kombi", afirmou.

Parentes e amigos das vítimas acham que a condenação foi justa. "O importante é que a Justiça foi feita e que eu posso dormir mais tranqüila porque livramos a sociedade desse monstro", disse Reneide de Santana dos Santos, mãe de Andréa.