A 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná manteve nesta quinta-feira a decisão que absolveu Sérgio Cristofolini e Aírton Bardelli dos Santos, acusados de participação no seqüestro e na morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no litoral do estado, em abril de 1992.
Cristofolini foi acusado de ter participado do suposto ritual de magia negra em que o garoto teria sido sacrificado. Já Bardelli foi acusado de vigiar o local onde Evandro foi mantido em cativeiro antes da execução. Os dois foram julgados e absolvidos em junho de 2005, mas o Ministério Público (MP) do Paraná recorreu da decisão. Para o advogado de Cristofolini, Haroldo Nater, a decisão de ontem abre precedente para que os processos que resultaram na condenação de outros três acusados sejam revistos. O pai-de-santo Osvaldo Marcineiro, o artesão David Soares e o garçom Vicente de Paula Ferreira foram julgados e condenados em 2004. "Se não houve cárcere privado, falta um elo na corrente", afirmou Nater.
Ainda não há uma data para o novo julgamento de Celina e Beatriz Abbage, acusadas de idealizarem o crime. O julgamento seria realizado em maio, também a pedido do MP, já que as duas foram julgadas e absolvidas em 1998, mas o júri foi suspenso por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).