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Crime

Justiça de MG e do RJ decretam prisão temporária de Bruno

Eliza está desaparecida há quase um mês. Polícia busca corpo da jovem | Reprodução/TV Globo
Eliza está desaparecida há quase um mês. Polícia busca corpo da jovem (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Justiça do Rio de Janeiro acatou nesta quarta-feira (7) os pedidos de prisão temporária feitos pelo Ministério Público contra o goleiro Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como "Macarrão". Eles estariam envolvidos no desaparecimento da ex-amante do atleta do Flamengo, Eliza Samudio. Ela está desaparecida desde o início do mês de junho.

A assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que outros oito mandados de prisão foram decretados pela Justiça mineira, entre eles, mais dois contra Bruno e Macarrão, além da mulher do goleiro, Dayane Fernandes. Também teriam sido acatados três mandados de busca e apreensão de veículos.

Duas equipes da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro chegaram ao condomínio onde mora o goleiro do Flamengo, Bruno, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, por volta das 5h desta quarta. Policiais entraram na casa por volta de 8h e saíram 15 minutos depois. Segundo informações iniciais da polícia, Bruno não estava em casa e as buscas ao goleiro e seu amigo continuam.

Interrogatório

Um jovem de 17 anos, que foi apreendido pela polícia na casa do goleiro, prestou depoimento por mais de sete horas na terça-feira (6), na Divisão de Homicídios do Rio. O interrogatório pode ajudar a polícia a desvendar todo o mistério em torno do desaparecimento de Eliza. Ele foi levado para Minas, para ajudar nas investigações que estão centralizadas por lá.

O adolescente foi encontrado na casa do jogador na tarde desta terça-feira, após uma denúncia. O goleiro Bruno estava em casa e abriu a porta para os policiais. De acordo com a polícia, o depoimento do menor foi considerado esclarecedor, apesar dele ter entrado em contradição várias vezes. Durante o interrogatório, ele confirmou que Eliza está morta.

Mais adiante, o jovem falou que Eliza estava morta, mas não revelou quem seria o assassino. A caminhonete usada por eles seria a mesma onde o teste de luminol confirmou vestígios de sangue numa das janelas. O exame de DNA, que fica pronto esta semana, vai dizer se o sangue é de Eliza.

Denúncia

Numa entrevista à Rádio Tupi, do Rio, um conhecido do adolescente disse ter ouvido do jovem que Bruno teria dado dinheiro a um homem identificado como Clayton para que entregasse o corpo de Eliza a um traficante.

"O Bruno contratou o cara para dar sumiço, o Clayton, para levar o corpo até o cara que ia sumir com o corpo. Aí, pagou R$ 3 mil, ‘tᒠentendendo? O garoto sabe também, o garoto viu aonde ‘tá’. O garoto vai dar tudo. A garota foi desossada, enterraram os ossos da garota e concretaram", disse o homem em entrevista à Rádio Tupi.

O depoimento do adolescente terminou no fim da noite de terça-feira e o promotor de Justiça que acompanhou parte das sete horas e meia de interrogatório disse que as informações do adolescente no depoimento parecem consistentes: "A versão dele é crível, a versão dele é razoável", disse.

A Polícia Civil do Rio vai repassar todos os detalhes colhidos no depoimento para a polícia de Minas Gerais. Segundo a polícia, é a partir do confronto do que diz esta testemunha com as evidências colhidas até aqui, que os investigadores esperam estabelecer o que aconteceu com Eliza Samudio.

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