Depois de ficar preso por uma semana, o auxiliar de pedreiro Maicon Alexandre de Andrade, 21 anos, deve deixar a carceragem do 12.º Distrito Policial em Curitiba ainda nesta sexta-feira (7). O juiz da Vara de Inquéritos da Comarca da capital atendeu pedido dos advogados do rapaz e concedeu a liberdade provisória. Andrade é acusado de ter seqüestrado a ex-namorada a última sexta-feira (31) .
A vítima, uma adolescente de 17 anos, tem uma filha de oito meses com o autor do crime. A garota foi abordada por volta das 7h30 quando chegava ao Colégio Estadual Santa Cândida, no bairro Santa Cândida. No pedido de liberdade os advogados do rapaz argumentaram que o país vive a "síndrome Eloá", referindo-se ao trágico seqüestro ocorrido em Santo André, São Paulo. O advogado Elias Mattar Assad afirma que seu cliente procurou a ex-namorada para discutir a relação e quem estava perto teria interpretado a atitude de forma equivocada.
O advogado afirma que tudo não passou de um "passeio forçado". Para Assad, o rapaz deveria responder por crime de constrangimento moral e não por seqüestro. "Não teve cativeiro, ele não manteve a adolescente em cárcere privado. Então faltam alguns elementos para a caracterização do seqüestro", afirma.
O juiz, porém, não teve o mesmo entendimento e manteve a tipificação do crime como seqüestro. A liberdade provisória de Andrade foi concedida pelo juiz com a condição de que ele não volte a "perturbar o sossego da vítima".
O caso
A adolescente foi abordada quando descia do ônibus na escola na companhia de uma prima. Das 7h30 às 11h30, a estudante do segundo ano do Ensino Médio foi obrigada a acompanhar Andrade.
Os dois seguiram a pé em direção a Rodovia da Uva. Lá foram até um barracão, onde conversaram por cinco minutos, segundo o depoimento de Andrade e da jovem dado à polícia. Depois, eles foram até o Terminal do Santa Cândida. De lá, fizeram uma conexão em direção ao Terminal do Cabral, onde trocaram de coletivo novamente. A jovem foi libertada por volta das 11h30 na Avenida Victor Ferreira do Amaral, bairro Tarumã.
O jovem foi preso na começa da noite do dia 31 quando voltava para casa no bairro Cajuru. O major Chehade Elias Geha contou que o rapaz foi preso por policiais do batalhão do serviço reservado da PM (P2).
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