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São Paulo – Estevam e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Renascer em Cristo, estão – mais uma vez – com prisão preventiva decretada. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve receber hoje pedido de extradição feito pelo juiz titular da 1.ª Vara Criminal de São Paulo, Antônio Paulo Rossi. Se o pedido for acatado e enviado às instâncias diplomáticas do Brasil nos Estados Unidos, o casal pode ser preso nos próximos dias pela Interpol em sua casa no condomínio Boca Falls, na Flórida.

Advogado do casal e presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, afirmou que entra hoje no Tribunal de Justiça (TJ) com pedido de habeas-corpus para derrubar a prisão preventiva. A defesa dos Hernandes vai alegar que eles são primários, têm residência fixa e, por isso, têm o direito de responder ao processo em liberdade.

Na tarde de ontem, o juiz Antônio Paulo Rossi acatou pedido feito na terça-feira por promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) depois que os bispos foram presos pela Polícia de Imigração americana ao tentar entrar em Miami com US$ 56,5 mil em dinheiro vivo – apesar de só ter declarado o limite permitido pela lei americana de US$ 10 mil.

Estevam Hernandes assumiu a culpa pelo crime, foi processado por falsificação de documento público e lavagem de dinheiro e solto depois de pagar fiança de US$ 5 mil, de acordo com seu advogado. A bispa Sônia disse que não tinha conhecimento das notas espalhadas em sua bagagem – até mesmo dentro de uma Bíblia – e foi liberada depois de ser interrogada. Os dois, no entanto, não podem sair dos Estados Unidos nas duas próximas semanas, a não ser que sejam extraditados.

Os promotores do Gaeco usaram ofício enviado pela polícia americana detalhando a prisão no aeroporto para argumentar com o juiz que os bispos "demonstraram a reiteração da prática dos crimes" de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, pelos quais respondem no Brasil.

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