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A juíza substituta da comarca de Ivaiporã, Karina Daggios, deferiu o pedido de reintegração de posse na fazenda Nossa Senhora do Carmo, também conhecida como Fazenda Brasileira, no município de Ortigueira, região Central do Paraná. O proprietário da área, Osvaldo Petrilli, 72 anos, que reside em São Paulo, havia pedido nesta segunda-feira a reintegração da área através de seu advogado Clóvis Roberto de Paula.

Junto com o despacho principal, a juíza encaminhou também um mandato para a 2.ª Companhia da Polícia Militar de Ivaiporã pedindo reforço policial para cumprir a ordem de desocupação.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou, através da assessoria de imprensa, que só vai tomar alguma atitude quando receber a ordem da juíza Karina. Assim que receber, a ordem será encaminhada à Central de Inteligência da polícia que deve realizar um estudo para organizar um projeto de desocupação.

A invasãoMais de mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), ocuparam neste sábado, a sede da fazenda. Outra parte da mesma propriedade, no território de Faxinal, já havia sido ocupada em janeiro de 2003 pelo MST.

De acordo com relato do gerente da propriedade, Oseás Albrecht, centenas de sem-terra chegaram na sede por volta das 5 horas, num comboio que tinha 14 caminhões, dezenas de ônibus, automóveis, motocicletas e muita gente a pé.

Ele garantiu que a multidão de invasores tinha homens fortemente armados à frente. "Eles dispararam tiros para o alto, arrebentaram portas das casas dos empregados e ameaçaram todos como forma de intimidar", contou.

Sem-terras querem toda a áreaNa porteira da fazenda, um grupo de sem-terra informou nesta segunda que o objetivo do movimento é lutar pela desapropriação de toda a área da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, que seria suficiente para assentar centenas de famílias da região.

Um sem-terra, que se identificou apenas pelo nome de Valdemar, disse que 800 famílias já estão nesta nova área ocupada. Ele negou que o grupo tivesse utilizado espingardas e revólveres durante a ocupação.

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