Uma decisão da Justiça impede que os grevistas ocupem as sedes do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) em todo o estado. A informação foi divulgada pelo próprio Detran na tarde desta sexta-feira (27). A greve chegou ao décimo dia nesta sexta.
Segundo a autarquia, a proibição vale tanto para a ocupação das sedes quanto para garantir que funcionários que não integrem o movimento de greve possam trabalhar. A decisão prevê multa diária em caso de descumprimento, mas o Detran não informou o valor desta multa.
A ação na Justiça foi tomada após o Detran ter problemas no atendimento à população nas sedes do departamento em Curitiba, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu. Servidores do departamento que estão em greve desde o dia 18 de fevereiro teriam impedido a entrada de usuários no posto de atendimento do bairro Hauer, em Curitiba, durante a manhã desta sexta. Também foi registrado problema semelhante nas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) do interior.
De acordo com o Detran, no posto do Hauer cerca de 20 grevistas barraram a entrada de usuários e deixaram somente o serviço de entrega e recebimento de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) ser realizado. Com isso, segundo o órgão, servidores foram deslocados para a sede do Detran no bairro Tarumã, em Curitiba.
Na Ciretran de Londrina, de acordo com o órgão, houve uma tentativa dos grevistas de impedir a entrada de usuários, mas o departamento afirma que o atendimento foi normal durante o expediente.
Segundo o órgão, os membros do Sindicato dos Servidores do Detran no Paraná (Sisdep) não estaria cumprindo o mínimo de 30% de servidores nos postos de trabalho, nem os serviços básicos que deveriam estar em operação: liberação de veículos apreendidos pela Polícia Militar, documentação para veículos direcionados a serviços essenciais – como ambulâncias – exames práticos para a primeira habilitação para aqueles candidatos que estão com o vencimento dos exames para os próximos 30 dias e apreensão de habilitações que foram suspensas, bem como liberação da habilitação para motoristas que já fizeram cursos de reciclagem.
A reportagem tentou entrar em contato com os membros da diretoria do Sisdep por telefone, mas, até as 19h10, ninguém havia atendido às ligações.
A greve entrou nesta sexta no décimo dia. Os funcionários decidiram parar para exigir um plano de carreira e contratação de mais funcionários. Eles também são contra a aprovação das medidas de austeridade - o pacotaço - proposto pelo governador Beto Richa (PSDB), além de pedirem o pagamento do terço de férias dos funcionários públicos.
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