Um grupo de 20 taxistas que atuam na fronteira do Brasil com o Paraguai conseguiu na Justiça Federal, em Foz do Iguaçu, uma liminar que garante a liberação de carros de taxistas paraguaios na Ponte da Amizade enquanto o caso é julgado. A Receita Federal informou que a decisão causou surpresa. A Justiça havia liberado os táxis apreendidos em Foz, por transportar contrabando, mas a Receita recorreu da decisão e não entregou os veículos, pedindo uma garantia em dinheiro para a devolução.
Os táxis seriam um dos meios de transporte usados no esquema de contrabando na fronteira. Em protesto, os taxistas disseram que só sairiam da frente da delegacia da Receita com os carros que usam para trabalhar. Alguns estão sem o veículo há quase três meses. Desde o começo do ano, 650 veículos com placas paraguaias foram levados para o pátio da delegacia. Segundo a Receita, foram apreendidos na área da aduana da Ponte da Amizade com produtos contrabandeados do Paraguai.
Os taxistas paraguaios promovem protestos em Cidade do Leste, contra o rigor nas fiscalizações, desde segunda-feira. Eles impedem o trânsito de vans, táxis e motos que transportam mercadorias. Nesta semana, os sacoleiros que fizeram compras no Paraguai tiveram de atravessar a ponte levando pacotes e sacolas nas mãos.
- Manifestação na Ponte da Amizade é tranqüila nesta quinta
- Motoristas voltam a bloquear acesso à Ponte da Amizade nesta quarta
- Greve e protesto na fronteira confundem motoristas na Ponte da Amizade
- Paraguaios dificultam a passagem na Ponte da Amizade
- Polícia reprime novos protestos na fronteira com o Paraguai
- Motoristas de táxis e vans protestam na fronteira