Cascavel O Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná mandou soltar ontem a empresária Carmem Ulzefer, acusada de atropelar e matar uma universitária e ferir outras 15 pessoas que estavam numa lanchonete há dois meses em Cascavel, no Oeste do estado. A universitária Thiele de Castro, 23 anos, morreu atropelada pela caminhonete Pajero conduzida pela empresária. Ela saiu ontem à tarde da cadeia pública de Cascavel. Carmem foi indiciada pela polícia por homicídio doloso e 15 tentativas de homicídio.
O habeas-corpus impetrado pelos advogados Jacinto Nelson de Miranda Coutinho e Edward Rocha de Carvalho foi analisado ontem pelo juiz Luiz Osório Moraes Panza. Para a defesa da empresária, não havia fato concreto que justificasse a prisão provisória. Este foi o segundo habeas -corpus impetrado pelos advogados. Mês passado, o TJ havia indeferido um pedido de liminar. A defesa sustentou que, após o depoimento das testemunhas, a "impressão midiática criada pela imprensa não persiste mais" e que a empresária é primária, possui bons antecedentes e é casada há 35 anos.
Em depoimento à polícia, testemunhas informaram que a acusada acelerou o veículo matando Thielle e causando ferimentos em outras 15 pessoas que se encontravam na lanchonete Santa Fé, no Centro da cidade. Carmem Ulzefer teria cometido os atropelamentos por suspeitar de traição do marido, o médico e empresário Edmar Ulzefer. A empresária estava presa desde 7 de fevereiro.
Mesmo sem curso superior, Carmen estava isolada, ocupando uma cela improvisada, sem se misturar com as outras detentas do minipresídio. A polícia alegava que a medida era necessária porque a empresária se recuperava dos ferimentos sofridos durante o acidente de trânsito.