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Crise aérea

Justiça libera passaportes dos pilotos do jato que bateu no Boeing da Gol

Rio – No Rio desde o dia 3 de outubro, os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino continuavam hospedados no JW Marriott, hotel de luxo em Copacabana, até o início da noite de ontem. O advogado Theo Dias, que os defende, disse que os americanos receberam a notícia da liberação dos seus passaportes por meio de outro advogado, também americano. Lepore e Paladino estão distantes de seus familiares desde 29 de setembro, quando o jato Legacy que pilotavam se chocou com um Boeing da Gol, em que 154 pessoas morreram.

Na porta do Marriott foi grande a movimentação dos jornalistas desde que a notícia da liberação dos documentos foi veiculada. Mas a possibilidade de os pilotos darem entrevista ainda no Brasil é nula, segundo seus advogados. Lepore e Paladino preferem continuar mantendo a discrição.

Em dois meses, eles nunca foram vistos por funcionários do hotel em qualquer das áreas comuns aos hóspedes.

Os americanos estão no 17.º andar do Marriott, ocupando a suíte presidencial. Sua privacidade foi resguardada por seguranças e também por um tecido preto colocado numa vidraça para bloquear a visibilidade para o corredor de sua suíte.

A PF no Rio informou que os passaportes estão em Mato Grosso, uma vez que foi a Justiça Federal naquele estado que determinou a apreensão dos documentos. Mas, segundo Theo Dias, não existe confirmação disso. Certo é que Lepore e Paladino voltarão para casa assim que estiverem com os passaportes em mãos. "O objetivo é ir embora o quanto antes. Eles estão há muito tempo longe das famílias", disse Dias.

Mas por decisão do desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, em Brasília, os documentos serão liberados em 72 horas. Nesse período, a Polícia Federal terá de ouvir os dois pilotos.

A decisão do juiz contrariou o pedido da dona de casa Rosane Prates Amorin Gutjahr, viúva de Rolf Ferdinando Gutjahr, uma das vítimas do acidente. No pedido, ela alega que sua busca por justiça implica na responsabilização criminal dos envolvidos na tragédia. De acordo com a argumentação encaminhada à Justiça pelos advogados de Rosane, que mora em Curitiba, "a permanência dos pilotos do jato no Brasil é de suma importância para complementar as complexas investigações em curso".

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