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A Justiça de São Paulo condenou o empresário Oscar Maroni Filho a demolir 254 metros quadrados do andar térreo do Oscar's Hotel. O prédio fica ao lado da boate Bahamas, em Moema, na Zona Sul de São Paulo, e estava em construção até 2007.

Maroni afirmou nesta segunda-feira (9) que vai apelar contra a nova decisão e - se for o caso - fazer greve de fome em frente à sede da Prefeitura de São Paulo para tentar solucionar o impasse. "Se não resolverem o meu problema, vou fazer greve de fome ", disse.

O prédio e a boate foram interditados pela Prefeitura de São Paulo em 2007.

Desde então, Maroni tenta reabrir o Bahamas e retomar a construção do edifício. Maroni chegou a ser preso por 50 dias e, posteriormente, foi absolvido da acusão de exploração de prostituição. Livre da acusação penal, ele busca livrar agora seus estabelecimentos também de questionamentos administrativos.

"Desafio a prefeitura, qualquer advogado, arquiteto ou engenheiro a provar que estou com meu hotel irregular, a não ser um recuo de três metros que tenho condições de solucionar", afirma Maroni.

O Oscar's Hotel tem 13 andares e 46 metros de altura e fica às margens da Avenida dos Bandeirantes, a poucos metros da cabeceira do aeroporto de Congonhas. Maroni afirma, no entanto, que o empreendimento foi autorizado pela Aeronáutica e não oferece risco aos tripulantes e passageiros dos aviões. "Estou quebrado, falido, por causa de uma ilusão de ótica."

Maroni afirma que a construção do hotel já consumiu US$ 25 milhões e que a paralisação das atividades do Bahamas já o obrigou a demitir funcionários e enfrentar 32 protestos de títulos. "Estou falido, vivendo do cartão de crédito. Tenho uma Mercedes e um Jaguar e moro em cobertura, mas não tenho dinheiro para pagar o condomínio", afirmou.

O G1 procurou a assessoria de imprensa da Secretaria da Habitação, que não quis de manifestar.

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