Brasília A Justiça de Mato Grosso autorizou ontem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ter acesso aos documentos que formam o dossiê com supostas denúncias contra os candidatos do PSDB José Serra (governo de São Paulo) e Geraldo Alckmin (Presidência da República).
O despacho foi concedido pelo juiz substituto Marcos Alves Tavares, da 2.ª Vara Federal. Ele acatou uma liminar do TSE que solicitava acesso à documentação que está na Polícia Federal.
O pedido de investigação pelo TSE foi encaminhado pela coligação PSDB/PFL contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição; o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos; o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini; o ex-assessor particular da Presidência da República Freud Godoy, Gedimar Pereira Passos e Valdebran Carlos Padilha.
O documento que ligaria os dois tucanos à máfia dos sanguessugas seria comprado por R$ 1,7 milhão a pedido do PT. O partido nega envolvimento com a denúncia.
A Polícia Federal interceptou a ação no dia 15 e prendeu quatro pessoas, duas em Cuiabá (Luiz Antonio Vedoin e Paulo Roberto Dalcol Trevisan) e duas em São Paulo (Gedimar Pereira Passos e Valdebran Carlos Padilha da Silva).
Com exceção de Vedoin, sócio da Planam e acusado de ser o chefe da máfia das ambulâncias, os outros três prestaram depoimento e foram soltos ao término de suas prisões temporárias.
A defesa de Vedoin pediu sexta-feira à Justiça a revogação da prisão preventiva.
CPI
A CPI dos Sanguessugas deve requisitar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações a respeito dos saques feitos em bancos que estejam relacionados à compra do dossiê por petistas para envolver candidatos do PSDB.
Quem fará a solicitação é o sub-relator da CPI deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). A comissão deve estabelecer prazo de 3 dias para que a documentação seja entregue.
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