Uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio - do último dia 19 - concedeu um alvará de soltura a nove condenados responsáveis por invadir o Hotel Intercontinental, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Segundo informações do site G1, a decisão foi um recurso da defesa que alegou que os acusados não puderam aguardar o julgamento em liberdade.
A invasão ocorreu em agosto de 2010. Na ocasião, os criminosos fortemente armados invadiram o local mantendo 35 reféns, entre funcionários e hóspedes, por três horas. Seis pessoas ficaram feridas e outra morreu na ação.
Oito dos nove condenados, que estavam presos preventivamente, foram soltos mediante um habeas corpus concedido em março de 2012. Ítalo de Jesus Campos, sentenciado a 16 anos e 4 meses de prisão, além de um ano e três meses de regime semiaberto, foi o único que continuou preso.
Após a condenação, a Justiça determinou a prisão dos criminosos no início de 2013. Alan Francisco de Souza, de 24 anos, se entregou à delegacia em no dia 28 de janeiro, ao lado do ex-pagodeiro Waguinho - que na última sexta-feira teve a prisão decretada por não pagar pensão à ex-mulher. Vinicius Gomes da Silva, conhecido como Titica, foi preso no mesmo dia, também na Rocinha, por policiais da UPP, que ainda prenderam, em 11 de fevereiro, outro foragido, Washington de Jesus Andrade Paz.
Os envolvidos foram julgados pelos crimes de cárcere privado, sequestro, associação para o tráfico, porte de arma e resistência à prisão. Alan Francisco da Silva, Vinícius Gomes da Silva, Washington de Jesus Andrade Paz, Rogério Avelino da Silva, Davi Gomes de Oliveira, Jackson Nascimento Gomes da Silva e Técio Martins da Silva foram condenados a 14 anos de reclusão e um ano de detenção.
Nesta segunda-feira, Vitor Gomes Eloy, de 29 anos, também condenado pela Justiça a 18 anos e três meses de prisão por envolvimento na invasão ao hotel, foi solto logo após ser preso e levado por policiais militares à 15ª Delegacia de Polícia (Gávea). Os policiais chegaram a ele através de uma denúncia. Na delegacia, os agentes descobriram que o mandado de prisão contra Vitor havia sido suspenso.
De acordo com o site G1, que entrou em contato com o Ministério Público do Rio, responsável pela acusação, para saber se o órgão vai recorrer da decisão que determinou que os criminosos fossem soltos novamente, o MP informou que está apurando o caso.