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Crime

Justiça mantém júri popular para pai e madrasta de Isabella

São Paulo - O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão de primeira instância de levar Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá a júri popular pela morte da menina Isabella Nordoni Oliveira, jogada do sexto andar do prédio de Alexandre há um ano. Por unanimidade, os três desembargadores da 4ª Câmara Criminal decidiram ontem também manter o casal preso até o julgamento, que deve ocorrer no início do segundo semestre no Fórum da Barra Funda, o mesmo onde foi julgada Suzane Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais.

A anulação do julgamento foi pedida pelo advogado do casal, Marco Polo Levorin, junto com outras três solicitações de liberdade. Levorin estuda entrar com dois recursos, um no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outro no Supremo Tribunal Federal, para derrubar a decisão do Tribunal de Justiça.

"Não levá-los a júri popular seria contrassenso próximo da aberração diante dos elementos reunidos sobre a materialidade do crime, que é a morte de Isabella, e os indícios mais do que suficientes do envolvimento do casal", disse o relator do processo, desembargador Luis Soares de Mello.

O casal é acusado de matar a menina Isabella em 29 de março do ano passado. Até agora, a defesa pediu 11 habeas corpus em favor do pai e da madrasta de Isabella. Três deles ainda não foram julgados.

Os dois respondem por homicídio doloso triplamente qualificado e por fraude processual (alteração da cena do crime). Segundo a polícia, Isabella, de 5 anos, teria sido estrangulada e depois arremessada do 6º andar do edifício London, na Vila Mazzei, zona norte de São Paulo, onde o pai e a madrasta moravam antes de serem levados para a cadeia de Tremembé, a 140 quilômetros de São Paulo. O casal nega o assassinato.

Em seu parecer, o desembargador Luís Soares de Mello afirmou que a manutenção da prisão é necessária para manter a ordem pública e a credibilidade da Justiça. Desde o início do processo, a estratégia da defesa tem sido adiar ao máximo qualquer decisão sobre o caso. "Vamos questionar os laudos até o fim", anunciou o advogado.

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