A 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba negou o pedido da restauração da prisão da médica Virgínia Helena Soares de Souza feito pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) no mês passado. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (3) por Samir Assad, que é parte da equipe de defesa da médica.
O recurso do MP-PR foi entregue sob entendimento de que ela deveria responder pelos crimes na prisão, por causa da gravidade do caso.
"Nós entendemos que ela [Virgínia] deve responder presa pelos crimes, considerando o abalo da opinião pública, o clamor social, a gravidade do caso e pelo fato de ela ser a líder da quadrilha identificada nas investigações", disse o promotor Paulo Lima, no dia em que o pedido de retorno a prisão da médica foi protocolado.
Virgínia é suspeita de antecipar mortes de sete pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. Outros sete funcionários da instituição de saúde também foram denunciados pelos crimes.
A médica chegou a passar um mês em prisão preventiva, mas foi solta no último dia 20 de março, depois que a Justiça aceitou o pedido de liberdade feito por Elias Mattar Assad, advogado de defesa dela.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa na tarde desta quarta, Elias Mattar Assad disse que "o Juiz agiu de maneira técnica, pois não o há motivos para o aprisionamento e sequer prova da existência de fato criminoso". Ele também declarou que a tese do Ministério Público, "baseada em perigo abstrato, já foi repelida pelos tribunais em outros casos".
Autor do recurso
O MP-PR disse que não foi informado oficialmente da decisão, mas que o recurso da nova prisão da médica Virgínia ainda precisa ser analisado, em segunda instência, pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O ministério informou não saber quanto tempo levará até que o pedido ser julgado pelo tribunal.
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