Um morador de uma caverna do Parque Estadual do Tabuleiro, em Santa Catarina, terá de desocupar o local por uma decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). A sentença indignou a comunidade local, que conhece Vilmar Godinho, o ermitão, como “Guardião do Vale”, e afirma que o homem ajuda na preservação da região.
Morador de um barraco na caverna há 26 anos, Godinho deverá pagar multa diária de R$ 500 caso permaneça no local, segundo decisão do juiz André Augusto Messias Fonseca. O parecer leva em consideração que o lugar onde a caverna se encontra, conhecido como Vale da Utopia, é uma Área de Preservação Permanente (APP), o que torna a moradia nos arredores um crime ambiental.
Segundo o site G1, a juíza substituta Cíntia Werlang explica que o homem obtinha recursos naturais do parque como lenha e água, além de possuir fogão a lenha e horta dentro de sua residência.
Considerado pelos moradores da região como alguém que protege o local, Godinho foi defendido nas redes sociais com a campanha “Deixem o Vilmar em paz” e a hashtag #FicaVilmar. A página “Movimento Fica Vilmar”, no Facebook, postou uma foto do eremita no parque, e o texto alega ter relatos de que “ele até mesmo já recolheu lixo deixado por campistas”.
Inúmeras fotos de protestos repudiando a determinação judicial podem ser encontradas utilizando a hashtag. Defensor da causa, Thiago Bittencourt de Medeiros replicou um texto de Karuna Caroline Gargantial, em postagem na rede social que diz que “existem estragos de verdade muito mais impactantes acontecendo na região do parque do Tabuleiro, a serem tratadas com prioridade”.
População de Santa Catarina apoia estadia do morador da caverna
*Colaborou: Cecília Tümler