O Ministério Público de Maringá, região Noroeste do Paraná, determinou, nesta terça-feira (29), mais uma vez a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra de 20 computadores portáteis (laptops), feita pela Câmara de Vereadores da cidade no fim do ano passado.
Na ocasião, o presidente da Câmara, John Alves Correa, responsável pela compra, pagou R$ 10.980 por cada computador - o dobro do valor de mercado. Com o superfaturamento dos laptops, os vereadores pediram o cancelamento da compra, que também teria sido feita sem o pedido deles. Outro problema alegado para não comprar os computadores seria os muitos erros na licitação.
Um dos erros, segundo os vereadores, foi a escolha da empresa que intermediou a compra dos notebooks. De acordo com eles, a empresa é especializada em assistência técnica e não estaria autorizada a fazer a intermediação. A abertura de uma CPI já foi determinada por várias vezes, mas a Câmara sempre recorria da decisão.
Se a CPI não for instaurada, segundo reportagem do Paraná TV, o presidente da Câmara poderá ser multado em R$ 1 mil por dia. Procurado, Correa resumiu-se a dizer que está arrependido da compra.