Um grupo de cerca de 20 membros de entidades de proteção aos animais esteve ontem em Bocaiúva do Sul, região metropolitana de Curitiba, para acompanhar os depoimentos das testemunhas do caso Falcão o cachorro vira-lata que, em 14 de outubro do ano passado, teve as patas traseiras mutiladas por um objeto pontiagudo, supostamente um facão, conforme laudo emitido por um médico veterinário e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). O juiz Paulo Antônio Fidalgo ouviu duas testemunhas de acusação e sete de defesa do autônomo Claudinei Slompo Viana, acusado da agressão. O processo é movido pela Sociedade Protetora dos Animais (SPA) de Curitiba, que prestou os primeiros-socorros a Falcão.
Segundo a SPA, Viana decepou as patas de Falcão após o cachorro atacar galinhas em sua propriedade. Viana é vizinho de chácara da antiga proprietária do cão, Sílvia Krass, que também prestou depoimento. Por não ter condições para pagar o tratamento (os ossos ficaram expostos e foi necessário retirá-los por procedimento cirúrgico), Sílvia doou o cão a uma nova proprietária. Hoje, apesar de andar se arrastando, o cachorro vive bem. Apenas não se adaptou à cadeira de rodas feita sob medida.
O advogado de defesa de Viana, Maurício Arruda, defende a versão de que os ferimentos teriam sido causados em uma briga com outros cães. Para tentar provar a tese, ele levou testemunhas que afirmam ter visto a briga entre três cães de propriedade de Viana e Falcão. "Meu cliente está sendo injustiçado e vai pedir indenização por danos morais", afirma o advogado. Viana preferiu não conversar com a imprensa após a audiência.
A SPA discorda. De acordo com a médica veterinária Andreza Campos, da SPA, é muito pouco provável que os ferimentos tenham sido causados pelo ataque de outros animais. "A gente vê ferimentos de brigas de cachorros todos os dias e eles não têm essas características, de serem perfurações retilíneas. Em brigas de cães, o animal ferido geralmente tem dilacerações, o que não foi constatado", defende.
A partir de hoje, o Ministério Público tem três dias para apresentar o parecer contra Viana. Depois, a defesa tem mais três dias para se manifestar. O caso deve ser julgado em aproximadamente um mês. Se comprovada a culpa do acusado, ele pode pegar de três meses a dois anos de detenção.
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