A Marcha da Maconha em Curitiba foi proibida ontem pela Justiça, após o Ministério Público (MP) ter entrado com uma ação para impedir o ato. A marcha estava programada para ocorrer hoje na capital paranaense.
Na ação, o MP alegou que a marcha faria apologia ao uso da erva, que é proibida em todo o território nacional. De acordo com a organização do evento, um pedido de habeas corpus ou um mandado de segurança pode ser enviado à Justiça. Por enquanto, a marcha em Curitiba pode ser remarcada para o dia 31 de março.
"Já fomos informados da proibição e vamos tomar as medidas cabíveis na Justiça", afirmou Marco Magri, cientista social que faz parte do movimento. A organização da Marcha da Maconha Brasil afirma que não incentiva o uso da erva de forma alguma entre seus participantes. O objetivo é pedir uma mudança nas leis de políticas públicas da droga no Brasil, assim como em outros usos, como o industrial e medicinal.
Na quinta-feira, o procurador de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti, disse à Gaszeta do Povo que o MP, enquanto instituição encarregada de fiscalização social, entende que a marcha defende o uso da droga. "Não somos contra o debate, este é um assunto para ser debatido com opiniões diversas, porém não é uma marcha que fará isso", afirmou Batisti.
O procurador diz que este tipo de marcha tem o pretexto de liberdade de expressão, porém não é uma maneira correta de se fazer uma discussão de ideias. "Se eles quisessem um debate, que fizessem dentro de universidades com pessoas que entendem do assunto", rebate.
O movimento Marcha da Maconha no Brasil estava previsto para ocorrer em 14 cidades do país, porém nos estados da Bahia, Ceará, Goiás e Paraíba, o evento foi proibido por fazer apologia ao uso da droga. Hoje a marcha está prevista para acontecer nas cidades de Americana (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ).
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora