O Ribeirão Rodeo Music, previsto para reunir milhares nesta semana em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, foi barrado pela Justiça nos dois primeiros dias e começou oficialmente somente na noite desta quinta-feira (2) com o show de Zezé di Camargo e Luciano, após vistoria dos bombeiros e liberação do alvará. O rodeio também está ameaçado em virtude do uso do sedém - cinta utilizada nos rodeios que, passada na altura da virilha, faz com que o animal pule mais, dificultando a permanência do peão sobre seu lombo.
Uma liminar obtida por entidades de defesa dos animais junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) proibiu o uso de sedém, esporas e outros instrumentos nas montarias. Havendo descumprimento está prevista uma multa diária de R$ 50 mil. Mesmo assim, os organizadores divulgaram uma nota afirmando que o rodeio será mantido amparado por uma lei federal. As montarias devem começar na noite desta sexta-feira, dia 3. Os fãs de rodeio alegam que ela é confeccionada em lã ou espuma revestida de tecido macio. Mas, ainda assim, defensores dos animais alegam que esse artifício serve para apertar os testículos fazendo com que o boi ou cavalo, por exemplo, não pare de pular de dor. No ano passado, uma decisão semelhante da Justiça já havia proibido o uso de recursos desse tipo no evento.
Enquanto tentavam regularizar a situação do alvará, os organizadores tiveram de mudar a data da festa no Parque Permanente de Exposições, que começaria na terça-feira (30). Com muitos ingressos vendidos antecipadamente, boa parte do público foi pega de surpresa ao chegar para a festa, que teria os shows das duplas Milionário e José Rico e Fernando e Sorocaba no primeiro dia. Eles tiveram a apresentação remarcada para domingo (5). Essa situação se repetiu na noite da última quarta (1), quando cantaria a dupla Munhoz e Mariano, que agora sobe ao palco somente na segunda, dia 6.
De acordo com os organizadores do Ribeirão Rodeo Music, quem não estiver de acordo com as novas datas pode solicitar o reembolso do dinheiro do ingresso ou usá-lo em qualquer outro dia. A proibição partiu da 2ª Vara da Fazenda Pública, que apontou situações de risco como a falta de qualificação da segurança privada e o baixo número de ambulâncias apesar da expectativa de grande público.
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