Foi prorrogada nesta terça-feira (11) a prisão Cleide de Moura Lourenço, 38 anos, acusada de participar de assaltos em agências bancárias. Ela deve permanecer detida por mais cinco dias. A Justiça a Comarca de Almirante Tamandaré, na região metropolitana, já havia prorrogado, na segunda-feira (10), o pedido de prisão temporária do policial militar Wilson Esperança Junior, 38 anos.
Ambos são acusados de integrar um quadrilha especializada em assaltos a agências bancárias.
"Nosso objetivo é que eles permanecem detidos para evitar que haja qualquer tipo de interferência nas investigações", explica o superintendente Juscelino Bayer, da Delegacia de Campo Largo, na região metropolitana, unidades responsável pelas investigações. O inquérito policial tem prazo de dez dias para ser concluído. Depois disso, o Ministério Público e o Poder Judiciário apreciam as investigações e devem dar seguimento à ação até o final do mês de janeiro, de acordo com Bayer.
Na última quinta-feira (6), a Polícia Civil de Almirante Tamandaré, na região metropolitana, cumpriu mandado de prisão temporária contra Esperança Júnior e Cleide Lourenço.
O caso
De acordo com a Polícia Civil, o policial militar era responsável por repassar informações detalhadas sobre a logística de segurança de bancos a uma quadrilha de assaltantes. Para fazer o levantamento dessas informações, o PM ia fardado às agências, de modo que não levantasse suspeitas. Além disso, o acusado seria o responsável por apontar os horários em que haveria menos viaturas nessas áreas, definindo a melhor data para que os crimes fossem cometidos.
A participação de Esperança Júnior na quadrilha foi revelada por meio de escutas telefônicas realizadas pela Polícia Civil. De acordo com as investigações, pelo menos 20 pessoas foram grampeadas e o inquérito contabiliza horas de gravações. Um maçarico e R$ 4,7 mil foram apreendidos.