Campo Grande A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul determinou ontem à noite a prorrogação da prisão temporária de 67 dos 80 presos na Operação Xeque-Mate, entre eles de alguns dos acusados que continuam foragidos. A decisão foi do juiz da 5.ª Vara Federal de Campo Grande, Dalton Conrado.
Antes de anunciar sua sentença, o juiz recebeu o parecer do Ministério Público Federal (MPF) que foi favorável à prorrogação, por mais cinco dias, da prisão dos acusados de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.
A prisão temporária do ex-deputado estadual pelo Paraná Nílton César Servo, acusado de ser chefe da máfia dos caça-níqueis, e do filho dele, Victor Emmanuel Servo, venceria hoje, mas já foi estendida. A Justiça também decidiu manter por mais tempo na cadeia o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dário Morelli.
Também vão continuar detidos os três filhos de Nilton César Servo e a mulher dele, Maria Dalva Martins, o delegado da polícia civil Fernando Martins e os oficiais da Polícia Militar major Sérgio Roberto de Carvalho e os tenentes-coronéis Marmo Marcelino de Arruda e Édson Gonçalves da Silva, além de Ari Arley Portugal, que se entregou ontem à Polícia Federal.
Conseguiram ser liberados o advogado Antônio Trindade Neto e o ex-gerente de Servo Andrei Galilei Cunha. Trindade Neto defende Nílton César Servo nos processos na área eleitoral. Andrei Cunha é sobrinho de Servo e ex-gerente de uma casa de jogos do chefe da máfia dos caça-níqueis em Campo Grande. Ele foi liberado por ter colaborado no inquérito, ao ser incluído no sistema de delação premiada. Eles deixariam ainda ontem o prédio da PF.
Dúvidas
Ontem, ele foi ouvido novamente pelo delegado que coordena as investigações, Alexandre Custódio. Segundo o advogado de Cunha, Marcelo Dib, o delegado tinha algumas dúvidas que foram sanadas no depoimento prestado por 20 minutos na tarde de ontem.