O 4º Tribunal Regional Federal (TRF) anunciou no início da noite desta terça-feira que suspendeu a transferência das contas dos servidores públicos paranaenses para o Banco do Brasil e Caixa Econômica. A decisão devolve ao Itaú o direito de ter as contas do governo do Paraná.
A decisão foi tomada no dia 25 de janeiro pelo desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. Ele considerou legítimo o acordo de prorrogação entre o Governo do Paraná e o Itaú, realizado em 2002. O desembargador também manteve a competência da Justiça Federal sobre a ação.
Na ação, o Banco Itaú alegou que pagou R$ 80 milhões para prorrogar o prazo do contrato com o estado em cinco anos. Com a rescisão unilateral, o banco privado alega prejuízos e pede documentos e atos relacionados com a transferência dos serviços bancários para que possa analisar as perdas.
O Procurador Geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, disse que o governo vai recorrer da decisão do TRF. "Estamos estudando a forma mais adequada, mas não nos faltarão argumentos já que a decisão do TRF ignora decisões do Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, ou seja, de instância superior", afirmou. Ele acrescentou que o ato é incompreensível. "Recebi a decisão com indignação. Ou o desembargador agiu de má fé, ou foi induzido ao erro, ou não tem conhecimento algum do Direito", disse Botto de Lacerda.
De acordo com a TRF, as transferências foram suspensas até o julgamento do agravo de instrumento.
Governo x Itaú
Em setembro de 2005, o governo anunciou o cancelamento do aditivo do contrato entre o estado e o Banco Itaú que ampliava o prazo de exclusividade das contas movimentadas pelo governo. O Itaú tinha até então o direito sobre as contas dos servidores públicos e do tesouro do Estado até 2010.
O contrato inicial, feito na época da privatização do Banestado, em 2000, previa que o Banco Itaú tinha exclusividade durante cinco anos. Porém, segundo Botto de Lacerda, em entrevista na época, um aditivo foi assinado na gestão passada que ampliou por mais cinco anos a vigência da parceria. Inicialmente, o prazo para o fim da exclusividade deveria se encerrar em outubro de 2005. Para o governo, atitude da gestão passada foi precipitada ao assinar a prorrogação com três anos de antecedência e ao final do governo anterior.
Ainda no fim do ano passado, o governo iniciou a transferência das contas dos funcionários públicos para o Banco do Brasil e Caixa Econômica. No começo de 2006, foi anunciado o fim dos pagamentos feitos pelo Itaú.
- Benefícios serão pagos pela Caixa Econômica a partir de março
- Estado pára de pagar servidores pelo Itaú em janeiro
- Servidores do estado recebem o 13 .º nesta sexta-feira
- Itaú nega retaliação ao governo do Paraná
- Banco Itaú quer R$ 1 bi de indenização do Paraná
- Servidor do PR vai receber salário pelo Banco do Brasil
- Governo do estado encerra contrato de exclusividade com o Itaú
Reforma tributária eleva imposto de profissionais liberais
Dino dá menos de um dia para Câmara “responder objetivamente” sobre emendas
Sem Rodeios: José Dirceu ganha aval do Supremo Tribunal Federal para salvar governo Lula. Assista
Além do Google, AGU aumenta pressão sobre redes sociais para blindar governo
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora