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Rio Grande do Sul

Justiça tira a guarda de filha de casal suspeito da morte de Bernardo

A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu suspender a guarda da filha do casal Leandro Boldrini e Graciele Ugolini, que está preso sob suspeita de envolvimento na morte do menino Bernardo Boldrini, 11 anos, no interior do estado.

Leandro, pai de Bernardo, e Graciele, madrasta do garoto, têm uma filha de um ano e meio, que está com familiares desde a prisão dos dois, na semana passada.

Segundo decisão, a situação da família está sob análise e a guarda provisória será definida posteriormente. Na prática, se um dos suspeitos conseguir a liberação da cadeia, não poderá voltar a ficar com a filha.

A medida, divulgada sexta-feira (25), atende a um pedido do Ministério Público do estado.

A Promotoria considerou que o casal é suspeito de envolvimento na morte do garoto e, com isso, não seria "seguro" para a criança permanecer com eles. Também pediu que a guarda da criança seja regularizada.

Formalmente, a Justiça não sabe onde a menina está.

Bernardo foi encontrado morto em Frederico Westphalen (a 447 km de Porto Alegre) no último dia 14. Também está detida a assistente social Edelvânia Wirganovicz. O inquérito sobre o caso ainda não foi concluído.

O juiz responsável pela decisão, Fernando Vieira dos Santos, é o mesmo que promoveu uma audiência com Bernardo e Leandro no início do ano em Três Passos, onde a família morava. Bernardo procurou ajuda no Ministério Público reclamando de negligência afetiva. Na ocasião, ficou decidido que os dois tentariam uma reconciliação.

A defesa de Leandro Boldrini nega que ele tenha qualquer participação na morte do filho. Também argumenta que tem registros de ligações telefônicas frequentes entre o pai e o garoto, o que mostra que ele buscava acompanhar a rotina do filho.

O advogado Jader Marques, que defende Boldrini, disse que não poderia comentar a decisão sobre a guarda porque deve atuar apenas na esfera criminal.

Vanderlei Pompeo de Mattos, responsável pela defesa de Graciele, diz que pediu à Justiça que conceda a guarda para uma irmã dela, que vem cuidando da menina desde as prisões.

Segundo o advogado, Graciele ainda não contou a ninguém sua versão a respeito do crime.

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