O impacto financeiro do reajuste de 28,5% nos salários dos deputados do Paraná será discutido nesta terça-feira numa reunião entre o presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), e os deputados que fazem parte da Mesa Executiva.

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O reajuste, segundo Justus, acompanha o Congresso Nacional e não precisa passar por votação no plenário. O aumento será automático, já que em dezembro do ano passado, a Assembléia Legislativa aprovou um projeto permitindo o reajuste automático dos salários cada vez que os valores forem alterados pela Câmara Federal.

Cada deputado estadual tem direito a receber até 75% do salário de um deputado federal. Com o reajuste de 28,5% aprovado na semana passada em Brasília, os vencimentos de cada um dos 594 congressistas vai saltar de R$ 12,8 mil para R$ 16,5 mil.

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No Paraná, os 54 deputados estaduais vão receber R$ 3 mil a mais por mês. O salário de cada um sobe de R$ 9,6 mil para R$ 12,3 mil, além de mais R$ 30 mil em verbas de ressarcimento e aproximadamente R$ 20 mil em cargos para os gabinetes.

O presidente da Assembléia descartou a possibilidade de aplicar no Paraná o reajuste retroativo a primeiro de abril, como no Congresso Nacional, mas não considera o aumento abusivo porque repõe a inflação acumulada dos últimos 4 anos.

De acordo com um cálculo preliminar, os novos salários devem provocar um impacto mensal de aproximadamente R$ 160 mil aos cofres da Assembléia Legislativa. Em todo o país, a previsão é de um impacto anual de pelo menos R$ 610 milhões porque além dos deputados estaduais, os vereadores têm salários vinculados aos contracheques do Congresso.

Também em pauta

Um outro aumento também será discutido na reunião desta terça-feira. A Casa vai definir um porcentual de reajuste para os 500 funcionários de carreira do Legislativo. Antes, porém, Justus pretende consultar o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça para comparar os salários dos três órgãos.

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