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A Biblioteca Pública do Paraná teve 120 obras raras furtadas de suas prateleiras nos últimos dez meses, mas a falta só foi percebida há cerca de um mês. Ontem, a polícia divulgou um retrato-falado de um suspeito feito com base no depoimento de funcionários. Há suspeitas de que os títulos tenham sido encomendados por uma quadrilha internacional com o objetivo de vendê-los a colecionadores. Títulos e valores das obras não foram informados. A direção da biblioteca vai conceder uma entrevista coletiva hoje de manhã para dar mais detalhes sobre o caso.

Segundo o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), que investiga o caso, o homem suspeito do furto freqüentava a biblioteca desde o início do ano. "Ele se identificava como estudante de Cinema e Biblioteconomia e dizia estar fazendo um trabalho para a faculdade", conta a delegada do Cope, Vanessa Alice. Com documentos falsos no nome de Victor Hugo, ele tirava fotos e fazia anotações, por vezes companhado de um homem mais velho e uma mulher.

As 120 obras – dentre elas livros, revistas, artigos e periódicos – foram levadas das seções de Obras Raras e Periódicos. "O suspeito sempre usava uma capa por cima da roupa e acreditamos que ele saía do local com as obras escondidas na capa", revela a delegada. O sistema de alarme do prédio – que detecta o código das obras e apita quando alguém tenta passar com alguma escondida pela porta principal – não funcionou porque as obras levadas não possuíam o código de identificação. "Naquelas seções, as obras não podem ser retiradas, somente consultadas no local sob a observação de um funcionário. Por isso, é possível que não tivessem o código", observa Vanessa.

O Cope investiga se o furto no Paraná tem relação com outros dois ocorridos de maneira semelhante em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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