Uma quadrilha roubou no domingo (10) as telas "Cangaceiro" e "Retrato de Maria" ambos de Candido Portinari, e "Figura em Azul", de Tarsila do Amaral, de uma residência localizada na região nobre de São Paulo. Especialistas avaliam as obras em R$ 3,5 milhões. Além delas, uma quarta obra de arte, "Crucificação de Jesus", de Orlando Teruz, um discípulo de Portinari, também teria sido levada. O grupo aproveitou o Dia das Mães e simulou uma entrega na residência.
A dona da casa, uma senhora de 80 anos - ex-mulher de Henri Maksoud, proprietário do hotel que leva o nome da família -, a nora dela e quatro funcionários foram mantidos reféns por uma hora. Os bandidos reviraram toda a casa e ainda tentaram levar uma escultura do artista Victor Brecheret. Eles quebraram a base mas não conseguiram levar a peça. Os bandidos fugiram e até o final da noite de ontem ninguém havia sido preso. Os retratos falados de quatro criminosos que participaram da ação começaram a ser elaborados ainda no domingo.
No roubo, os ladrões cortaram as pinturas de seus chassis deixando nas paredes da casa apenas as molduras vazias. Fizeram isso, provavelmente, para poder enrolar as telas e transportá-las. "É motivo de muita tristeza saber dessa agressão a obras que são patrimônios brasileiros", diz João Candido Portinari, filho do pintor. Já o diretor da Bolsa de Artes do Rio, Jones Bergamin, faz um diagnóstico bem drástico. "Portinari pintava com bastante matéria no período da década de 1950, e como os ladrões cortaram e enrolaram a tela, vai quebrar tudo. Acho que apenas 10% ou 20% da tinta vai ficar." Já o dano ao autorretrato de Tarsila pode ser menor por sua pintura ser mais lisa.
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