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A tentativa de assaltantes que queriam roubar um carro-forte esbarrou ontem em duas interferências no plano original: o veículo não transportava nenhum malote recheado e duas viaturas policiais passaram no local no momento da interceptação. De acordo com a polícia, os criminosos escolheram um ponto da PR-239, entre os municípios de Reserva e Cândido de Abreu, para observar o tráfego. Abriram um buraco no asfalto e enterraram uma banana de dinamite. Uma canaleta de 1,8 metro de comprimento também foi aberta, para acomodar a fiação do sistema de detonação. Tamparam tudo com massa de calafetar.

Do barranco, observaram a aproximação de um carro-forte, por volta de 14 horas de ontem, e acionaram o explosivo. A dinamite destruiu a parte dianteira do veículo e causou um rombo no asfalto, com um metro de diâmetro e 50 centímetros de profundidade. Os quatro vigilantes que estavam no carro não se feriram. Os bandidos fugiram quando viram duas viaturas – uma da Polícia Civil e outra da Militar – que atenderiam outra ocorrência. Abandonaram uma lona, que teria sido usada como barraca durante a noite, 11 metros de fio de luz, uma bateria de caminhão e uma banana de dinamite. De acordo com a escrivã Mavilde Aparecida Correa, havia um símbolo nazista gravado no explosivo.

"Foi trabalho de profissional", acredita o soldado Gilson Gravieski, que estava na viatura da Polícia Militar. Para ele, alguém avisou os assaltantes. "Parece que a intenção era tombar o carro e depois jogar mais uma dinamite", pondera. O carro-forte estava vazio porque havia abastecido de dinheiro bancos de Cândido de Abreu. Os policiais suspeitam que os ladrões visavam um outro veículo.

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