A Prefeitura de Paranaguá, no Litoral do estado, tem utilizado lambaris no combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya, desde o começo da semana. A cidade já tem 766 casos confirmados de dengue e quatro pessoas morram por complicações da doença.
Segundo o Secretário de Agricultura, Pesca e Abastecimento do município, Sérgio Maurício Bezerra, a escolha do lambari se deu porque o animal se alimenta tanto das larvas quanto dos ovos do mosquito, além de ser um peixe de fácil adaptação. De acordo com Bezerra, por serem bastante ativos, alimentam-se durante todo o dia e, portanto, há um grande consumo de larvas e ovos.
Até o momento, mais de mil peixes já foram distribuídos pelas fontes da Praça do Japão, Praça da Copel e do Aeroparque. Outras sete fontes espalhadas pela cidade devem receber lambaris, que precisam habitar locais onde haja água corrente e que sejam confortáveis o suficiente para que o animal consiga se desenvolver bem.
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Medidas ecológicas de combate ao Aedes
Além dos lambaris, a cidade utilizará outra medida ecológica de combate ao mosquito transmissor da dengue. Trata-se da plantação de mais de 50 mil mudas de crotalárias, cujas flores atraem libélulas, insetos que também são predadores do Aedes aegypti, tanto adulto quanto em sua fase larval.
Além de serem plantadas em praças e locais públicos de Paranaguá, as mudas serão distribuídas aos moradores dos bairros da cidade, para que o combate se dê de forma coletiva.
Colaborou: Mariana Balan