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Lançamentos e premiação de cervejas brasileiras agitam Mondial de la Bière

Cervejas especiais sentem o gostinho do reconhecimento com a premiação no segundo dia do Mondial de La Bierre no Rio de Janeiro, que reúne expositores, empresários e amantes da cultura cervejeira, um mercado que tem crescido significativamente e no qual o país tem se destacado internacionalmente pela qualidade e inovação.

Dos cerca de 650 rótulos expostos no Mondial, algumas criações das microcervejarias brasileiras se destacaram em premiações ao redor do mundo, mostrando que o país tem um mercado grande a conquistar e que o paladar nacional está cada vez mais apurado.

Uma das mais antigas cervejarias daqui é a Colorado, que nasceu há 18 anos em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, quando o mercado para cervejas especiais ainda era bastante incipiente. Agora, na maioridade, o grupo conquista prêmios pelo mundo todo.

Nesta edição, a terceira do ano no mundo, depois de Canadá e Bélgica, um resultado raro no concurso: empate. O MBeer Contest, que elegeu as melhores cervejas participantes do evento em teste cego realizado pelo júri, premiou com a medalha de platina a Colorado com a Ithaca Oak Aged, envelhecida em barril de carvalho e a mineira Wäls com a Petroleum.

O gerente de marketing do grupo, Rafael Moschetta, ressalta que um dos objetivos da cervejaria é inovar e destacar a brasilidade nos sabores desenvolvidos:

"Nos preocupamos muito em, além de manter a tradição belga e alemã de fazer cerveja, acrescentar ingredientes tipicamente brasileiros, como neste caso, uma cerveja rara feita com exclusividade", destacou sobre a russian imperial stout que tem um teor alcoólico de 10,5°.

O resultado aqui no Rio, era o desejado pela Colorado: a conquista da "tríplice coroa", já que a cervejaria ganhou medalhas de ouro este ano no Mondial do Canadá e da França

A Petroleum, da Wals, a outra grande vencedora, é uma cerveja russian stout, que combina maltes escuros e aromas de café, caramelo, maturada com cacau. José Felipe Carneiro, sócio da cervejaria disse que "não faço cerveja, faço arte", e esse sabor foi reconhecido mais uma vez pelos especialistas do mercado, já que a Wals foi a cervejaria mais premiada no evento.

O título aqui não é o primeiro da Petroleum, mas para José Felipe, "competir no Brasil aumentou nossa responsabilidade, e a satisfação foi maior do que a conquista do ouro na França, porque fizemos uma cerveja ousada para um público exigente".

A eleição das melhores cervejas é feita por um teste cego em copos escuros. A cerveja com melhor nota em todos os quesitos ganha a medalha de platina. As que melhor pontuarem em cada categoria levam o ouro.

Outros 13 rótulos foram premiados com medalhas de ouro. A Wäls conquistou, além da medalha de platina, outras quatro medalhas de ouro com a Stadt Jever, a Quadruppel, Trippel e Witte. A Bodebrown, de Curitiba (PR), também arrebatou quatro medalhas de ouro com a Black Rye IPA, a Hop-Weiss, a Tripel Montfort e a cacau IPA, produzida em parceria com a cervejaria americana Stone Brewing Co.

Também levaram o ouro a Coruja Labareda, da cervejaria de Porto Alegre; Nostradamus Dortmund, de Amparo (SP); Invicta Imperial IPA, produzida em Ribeirão Preto (SP); e Noi Nera, a única do Estado do Rio.

O Mondial de la Bierre do Rio, além de ser um convite à experimentação para os iniciantes neste universo de cervejas artesanais, é uma provocação com o paladar, pela oportunidade de degustar sabores e misturas inusitadas.

Cacau, café, castanha do Pará, mel, laranja e até sementes de coentro são alguns dos ingredientes que misturados ao malte, ao lúpulo e à água criam novos sabores que podem ser provados no evento. A Mistura Clássica, cervejaria do interior do estado do Rio de Janeiro, juntou o malte viena com umburana; a MIB fez uma robust Porter com canela.

Essas são algumas das que estão sendo lançadas no Mondial, que também inclui opções mais tradicionais, como o novo rótulo que a Burgman lança, a lager Casanova, que mistura malte pilsen com malte viena e o dobro de lúpulo do que a lager tradicional, o que, segundo o mestre cervejeiro Alexandre Sigolo, "dá leve adocicado, uma cor amarelo-dourada e maior amargor à bebida".

O Mondial de la Bière acontece até domingo, na Praça Onze, no Rio de Janeiro, com degustação de cervejas, workshops e shows.

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